Antes de mais nada, coloque o seu fone de ouvido. Só assim será possível sentir a imersão desse efeito 8D. Funciona como se você estivesse num show ao vivo ou até mesmo, dependendo da música (ou da sua imaginação), seria como se você fizesse parte da banda.
A tecnologia não é atual. Foi criada na década de 70/80 por Hugo Zuccarelli, um engenheiro argentino. Resumidamente, as ondas auditivas são manipuladas para que pareçam vir de vários pontos, gerando uma experiência surrealista no cérebro. Ele chamou sua invenção de holofonia, a ideia seria aplicar o conceito de holograma ao som. No caso do holograma, usa-se luz para apresentar uma imagem em três dimensões. Já no áudio 8D, utiliza-se uma exposição múltipla da mesma gravação.
Roger Waters e David Gilmour (Pink Floyd), com Hugo Zuccarelli
Pink Floyd e Lou Reed, os pioneiros do 8D
Pink Floyd e Lou Reed foram os primeiros a utilizar a tecnologia 8D em em seus lançamentos. Em “The Final Cut“, lançado em 1983 pelo Pink Floyd, fica bem perceptível, por exemplo, os latidos de cachorro ou o barulho quase real de tiro durante a canção.
Já Lou Reed foi além e lançou 3 álbuns inteiros utilizando-se dessa tecnologia: “Street Hassle” de 1978, “The Bells” de 1979 e o incrível álbum ao vivo “Take No Prisoners” de 1978, que ao ser ouvido dessa forma (com fones de ouvido), A sensação é de ser transportado para dentro do show.
Inúmeras outras bandas também utilizaram-se dessa mesma tecnologia ao longo dos anos, como é o caso do Pearl Jam, com o lançamento do álbum “Binaural” de 2000.
É possível manipular músicas já gravadas de forma convencional e transforma-las em 8D, causando uma imersão um pouco diferente das anteriores, mas muito interessante de sentir. Fizemos uma seleção de algumas dessas versões, de bandas que mais gostamos. Confiram abaixo e não se esqueça do fone de ouvido:
Joy Division – Love Will Tear Us Apart
Nirvana – The Man Who Sold The World
The Smiths – There Is A Light That Never Goes Out
Weezer – Say It Ain’t So
Racionais Mc´s – Vida Loka Parte 1