Não poderia fazer dessa matéria uma entrevista. Não dá pra fazer uma “entrevista”, quando o entrevistado é uma pessoa que você tem amizade à 30 anos. Mas vamos lá. Lembro de ver no status do Whatsapp do brother um “clip” de 15 segundos. Um Drum and Bass frenético e insano. Perguntei a ele o que era e ele me respondeu que era seu novo projeto musical.
Henrique Celso. O H.C. O caçula dos Alves. Vocalista da Esquesito Somos, batera do Tourdelanave, agitador cultural, curador de exposições, um homem da arte e da música acima de tudo, apresentava ao mundo seu novo “filho”. Todas as experiências e lembranças afetivas ou vividas de forma mais intensa com a música, foram sintetizador nesse projeto. Lá ouvimos o EBM e o Industrial, que crescemos ouvindo juntos sob a Influência de Kiko (o irmão mais velho). Sentimos o Groove do baixo Funkeado do Red Hot, grande marca na vida musical do criador do projeto. De alguns flashs de House Music, da antiga “sedem”*. Das batidas tribais Drum and Bass dos rolês. A batida de Rap, horas pesadas pelos dias e dias ouvindo Racionais, para mais descontraída como nos Raps de MC Pepeu, e tudo findando num formato Punk Rock de ser, pois falar do H.C ( Celso, aqui no caso) sem falar da escola Punk Rock é impossível.
Anarcotrip despontou no YouTube, Instagram, e Spotify, nesse berço elétrico. No projeto ele inclui as participações de pessoas de várias outras áreas, como o pintor Flávio Grão, o Poeta Edhon Brandão, a ativista ( e esposa) Mariana Perin, a ilustradora Prila Maria e até o cronista que vos escreve, num Spoken Words pra lá de Freak, agregando ainda mais cor a viagem sonora e visual do projeto.
Multi-instrumentista autodidata, H.C usa da tecnologia atual pra criar uma viagem sonora, experimental e dançante, que pode ser vista e ouvida através de seus diversos videoclipes (alguns deles selecionados para essa matéria) e de seus 2 full álbuns lançados em 2021, “Reversus” e “Collapse”, na íntegra logo abaixo:
ANARCOTRIP – “REVERSUS”
ANARCOTRIP – “COLLAPSE”