Foi divulgado na tarde de ontem que Trevor Strnad, vocalista e líder do quinteto norte-americano The Black Dahlia Murder, faleceu aos 41 anos. As causas ainda não foram oficialmente esclarecidas, mas tudo leva a crer que o cantor tirou a própria vida – junto à nota publicada no Instagram, a banda anexou o contato telefônico da associação americana de prevenção ao suicídio. Consta que o músico batalhava há algum tempo contra a depressão e tinha uma rotina como alcoólatra repleta de idas e vindas.

Natural do estado de Michigan, Strnad levou muito de sua personalidade frenética para o TBDM, banda cujo trabalho alicerçava-se desde sempre no Death Metal (com tributos pagos especialmente à escola europeia de suecos e finlandeses), mas que incorporou elementos de vários outros estilos, regado sempre a técnica instrumental hiperativa e a atordoantes quebras de andamento. Primordialmente um frontman, desses com o dom de transformar os shows de sua banda em eventos incendiários, Trevor, contudo, não limitava-se apenas ao palco, notabilizando-se também por viver o Metal 24 horas por dia, seja como fanático pelos mais variados subgêneros, seja como agitador, colaborador de veículos impressos, colecionador ou radialista. Deixa nove discos de altíssima qualidade, e uma história, mesmo que curta, de arrebatamento e devoção ao estilo musical que amou acima de tudo.

The Black Dahlia Murder em São Paulo: