RESENHA DE SHOWS: O LIVRO ATA, ATOMIC DUST E MONTANHA


Nosso amigo Jefferson Tichovitz, editor e criador do Blog Crônica Líquida se propôs a realizar coberturas de alguns  shows minimalistas pelo ABC e Grande São Paulo, transformar essa experiência em texto e colaborar com o Monophono, trazendo aos leitores uma maior interação com as bandas envolvidas nestes eventos. Nesta primeira edição, resenha com as bandas O Livro Ata, Atomic Dust e Montanha em Santo André|SP.

Quem gosta de som e anda pelas ruas de Santo André|SP, certamente já passou pelas imediações da Rua Eliza Flaquer, onde se concentram Bares altamente frequentados pelas figuras carimbadas do Rock local, privilegiado pela presença de lojas de roupas voltadas ao estilo rocker e Sk8er: a loja do Maurício Ratto, a da SWAT; onde um dia houve uma escola de música que quase todos nós tivemos passagem, a sucursal de uma das lojas de instrumentos mais prestigiadas de São Paulo, culminando na Lendária Loja METAL DISCOS, propriedade do não menos Lendário JEAN GANTINIS. Guitarrista apaixonado por Metal em todas as suas vertentes, conhecido desde os anos 80 por TODOS os rockeiros do ABC, aproveitando as celebrações do Dia do Rock, montou um palco na rua, em frente à sua loja, e chamou orgulhoso as bandas O Livro Ata, Atomic Dust (esta de seu filho Jimmy), e a sua contribuição correu por conta do Montanha.

Quando cheguei por lá, O Livro Ata já habia terminado sua apresentação, para minha infelicidade, pois admiro muito o som dos caras. Estavam tocando os meninos do Atomic Dust, mandando um rock setentista muito do bom, com formação de Power Trio, assim como pede o figurino, Jimmy assumindo a guitarra e os vocais, mandou seu som com toda propriedade de um cara  de 19 anos que aprendeu direitinho (com o pai) como se faz um Rock n’ Roll de responsa. Em seguida entraram Jean, Vinicius e Sandrão, membros do Montanha que, desfalcados de Marcelo, seu Batera/Vocal, o substituíram com Jimmy, o baterista muito competente do Atomic Dust. Fizeram uma música do Montanha e Duas do Black Sabbath (as nada óbvias “Children of the Grave” e “Snowblind”).

Cento e vinte pessoas. Headbangers de alma, balançando suas cabeças e com muita vontade de rock, me mostravam naquele momento por que sou apaixonado por isso, que transcende as fronteiras de um ritmo, um estilo, um movimento… é uma forma de enxergar o mundo, um jeito de se viver. Terminada a ‘canja’ dos formadores do Montanha, o palco foi aberto para as mais variadas Jam Sessions entre os amigos que ali se encontravam, contando com versões improvisadas para “Seek and Destroy” (Metallica), “Orgasmatron” (Motorhead) e “Raining Blood” (Slayer).

Entre todos estes momentos, conheci gente talentosa, fiz novos amigos e reencontrei antigos com quem ha tempos não trocava uma idéia. No fim, o rock é isso. É a rua, o som, essas atituade ‘do it yourself’ a reunião de amigos cantando em uníssono aquilo que gostam. É bom ter isso na minha cidade para lembrar como tudo começa… mas era justamente só o começo…
[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=reSDxDTHadg&feature=relmfu]Fotos e texto por Jefferson Tichovitz | Blog Crônica Líquida

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